quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Localização
Os Yanomamis habitam o Norte do Brasil e o Sul da Venezuela. No Brasil somam cerca de 15 mil pessoas distribuídas em 255 aldeias relacionadas entre si, no Noroeste de Roraima estão situadas 197 aldeias que somam 9506 pessoas e ao Norte do Amazonas estão situadas 58 aldeias que somam 6510 pessoas (Fundação Nacional da Saúde, Setembro de 2006). Na Venezuela somam cerca de 12000 pessoas residentes no Sul dos Estados Bolívar e Amazonas.
Cultura

São considerados povos bastante alegres, e costumam festejar em épocas de boa colheita. Têm por habito caçar e pescar em grupo. Quando regressam, moqueiam os animais, que é uma forma de preservar a carne. Em seguida, chamam as aldeias vizinhas para fazerem parte das comemorações. É nestas alturas que se reúnem, cantam, dançam e ainda discutem entre si o que se passou durante o dia.
Faz igualmente parte da cultura destes grupos pintar o corpo com corantes diversos. Em altura de festa costumam untar a pele com argila branca, e os homens enfeitam-se com braceletes multicolores confeccionadas com a plumagem de alguns pássaros. Costumam perfurar o lóbulo da orelha para colocar pedaços de bambu, plumas e flores. Também é normal perfurarem o septo nasal e os cantos dos lábios para inserirem os palitos de bambu. Os adornos femininos são mais ténues, feitos com cerne de palmeiras, flores ou maços de folhas perfumadas que introduzem em cilindros vegetais colocados nos furos das orelhas. Já nas expedições de guerra, os homens pintam-se de fumo negro, cor que simboliza a noite e a morte.
As aldeias, podem ser constituídas por uma ou várias casas, conhecidas também como malocas.
A família linguistica Yanomami é dividida em quatro sub-grupos, sendo eles:
Sanýma (ou Sanumá) localizado na Venezuela e no Brasil, nas cabeceiras do rio Auaris.
Yanam (ou Nimam), localizado na região norte-oriental, entre a Venezuela e o Brasil.
Yanomam (Yanomamé ou Yainoma), localizado no Parque nacional Yanomami no Brasil.
Yanomamý (ou Yanomamo), localiza-se na área sul-ocidental na Venezuela e no Brasil.
Modo de vida
Os Yanomami vivem em grandes casas comunais circulares chamadas de yanos ou shabonos (casa plurifamiliar em forma de cone ou de cone truncado), ou por aldeias compostas de casas de tipos retangulares. Algumas podem acomodar até 400 pessoas. A área central é utilizada para atividades tais como rituais, festas e jogos.
Cada família tem sua própria fogueira onde o alimento é preparado e cozido durante o dia. À noite, as redes são penduradas próximas ao fogo, que é alimentado durante toda a noite para manter uma boa temperatura.
Os Yanomami acreditam fortemente na igualdade entre as pessoas. Cada comunidade é independente das outras e eles não reconhecem ‘chefes’. As decisões são tomadas por consenso, frequentemente após longos debates, onde todos têm o direito à palavra.
Suas tarefas são divididas de acordo com o sexo. Os homens caçam animais, como queixadas, antas, veados e macacos, e muitas vezes usam o curare (um extrato de planta) para envenenar suas presas.
Nenhum caçador come a carne que matou. Em vez disso, ele a compartilha entre amigos e familiares. Em troca, será lhe dado a carne por outro caçador.
As mulheres são encarregadas pelas roças onde cultivam cerca de 60 culturas que correspondem por cerca de 80% dos seus alimentos. Elas também colhem nozes, mariscos e larvas de insetos. Mel selvagem é muito valorizado e os Yanomami colhem 15 tipos diferentes.
Tanto os homens como as mulheres pescam, e o timbó- veneno de peixe- é usado em viagens de pesca comunitária.
Os Yanomami têm um enorme conhecimento botânico e utilizam cerca de 500 plantas para alimentos, remédios, construção de casas e outros artefatos.
Os solos são, em grande maioria, extremamente pobres e inadequados para agricultura intensiva.
Entre 4 e 8 anos, os grupos deslocam-se de 10 a 30 km, por consequência de esgotamento de terra, da caça e da pesca. O deslocamento pode ainda ser causado por epidemias ou conflitos, após um período de recuperação, a área pode ser novamente ocupada.
As fases da vida são marcadas por diversas restrições e rituais. Exemplo disso é o da maternidade, onde a criança deve nascer fora da maloca, no mato ou no pátio central, mamar até os 4 anos de idade, quando então da o lugar ao irmão mais novo. Entre os dois e quatro anos tem o lóbulo da orelha furado. As meninas, quando chegam aos 8 ou 9 anos, tem o septo nasal furado, assim como as comissuras da boca, onde levam adornos de plumas ou hastes fins confeccionados com cana.
A primeira menstruação é um acontecimento importante e depende de várias restrições: a menina deve ser mantida isolada em um abrigo dentro da maloca, perto da sua área familiar. Sua alimentação é servida só pela mãe e são permitidos somente alguns tipos de alimentos. Não pode falar, deve apenas ouvir os ensinamentos que lhe são transmitidos, uma vez que está no ritual de passagem. No momento da segunda menstruação, está pronta para o casamento, o qual geralmente já foi arranjado pelos pais.
O noivado entre os Yanomamis é selado a partir dos presentes dados pelo pretendente. Porém, as moças só podem ser cortejadas se ainda não forem prometidas. Após o casamento, o genro deve preparar a roça dos sogros. O contato do genro com a sogra é extremamente restrito e portanto ele não pode olhar diretamente para ela e muito menos dirigir a palavra.
O incesto e a infidelidade conjugal são severamente punidos, uma vez que são considerados antinaturais e imorais.
O momento da morte é fortemente marcado. O morto é colocado em posição fetal dentro da sua rede, a qual é guardada em um espécie de caixa feito de paus, chamado jirau, o qual, por sua vez, é pendurado entre duas árvores.
Todos habitantes choram e lamentam, cortam os cabelos e as mulheres pintam o rosto de preto. Os pertences do falecido são destruídos. Passado o estágio de decomposição, retiram os ossos, os colocam em uma cesta em cima de uma fogueira, posicionada no centro da maloca. Os ossos, depois de queimados são esmagados com um pilão, então as cinzas são misturadas com um mingau de banana e são tomadas.
Cada família tem sua própria fogueira onde o alimento é preparado e cozido durante o dia. À noite, as redes são penduradas próximas ao fogo, que é alimentado durante toda a noite para manter uma boa temperatura.
Os Yanomami acreditam fortemente na igualdade entre as pessoas. Cada comunidade é independente das outras e eles não reconhecem ‘chefes’. As decisões são tomadas por consenso, frequentemente após longos debates, onde todos têm o direito à palavra.
Suas tarefas são divididas de acordo com o sexo. Os homens caçam animais, como queixadas, antas, veados e macacos, e muitas vezes usam o curare (um extrato de planta) para envenenar suas presas.
Nenhum caçador come a carne que matou. Em vez disso, ele a compartilha entre amigos e familiares. Em troca, será lhe dado a carne por outro caçador.
As mulheres são encarregadas pelas roças onde cultivam cerca de 60 culturas que correspondem por cerca de 80% dos seus alimentos. Elas também colhem nozes, mariscos e larvas de insetos. Mel selvagem é muito valorizado e os Yanomami colhem 15 tipos diferentes.
Tanto os homens como as mulheres pescam, e o timbó- veneno de peixe- é usado em viagens de pesca comunitária.
Os Yanomami têm um enorme conhecimento botânico e utilizam cerca de 500 plantas para alimentos, remédios, construção de casas e outros artefatos.
Os solos são, em grande maioria, extremamente pobres e inadequados para agricultura intensiva.
Entre 4 e 8 anos, os grupos deslocam-se de 10 a 30 km, por consequência de esgotamento de terra, da caça e da pesca. O deslocamento pode ainda ser causado por epidemias ou conflitos, após um período de recuperação, a área pode ser novamente ocupada.
As fases da vida são marcadas por diversas restrições e rituais. Exemplo disso é o da maternidade, onde a criança deve nascer fora da maloca, no mato ou no pátio central, mamar até os 4 anos de idade, quando então da o lugar ao irmão mais novo. Entre os dois e quatro anos tem o lóbulo da orelha furado. As meninas, quando chegam aos 8 ou 9 anos, tem o septo nasal furado, assim como as comissuras da boca, onde levam adornos de plumas ou hastes fins confeccionados com cana.
A primeira menstruação é um acontecimento importante e depende de várias restrições: a menina deve ser mantida isolada em um abrigo dentro da maloca, perto da sua área familiar. Sua alimentação é servida só pela mãe e são permitidos somente alguns tipos de alimentos. Não pode falar, deve apenas ouvir os ensinamentos que lhe são transmitidos, uma vez que está no ritual de passagem. No momento da segunda menstruação, está pronta para o casamento, o qual geralmente já foi arranjado pelos pais.
O noivado entre os Yanomamis é selado a partir dos presentes dados pelo pretendente. Porém, as moças só podem ser cortejadas se ainda não forem prometidas. Após o casamento, o genro deve preparar a roça dos sogros. O contato do genro com a sogra é extremamente restrito e portanto ele não pode olhar diretamente para ela e muito menos dirigir a palavra.
O incesto e a infidelidade conjugal são severamente punidos, uma vez que são considerados antinaturais e imorais.
O momento da morte é fortemente marcado. O morto é colocado em posição fetal dentro da sua rede, a qual é guardada em um espécie de caixa feito de paus, chamado jirau, o qual, por sua vez, é pendurado entre duas árvores.
Todos habitantes choram e lamentam, cortam os cabelos e as mulheres pintam o rosto de preto. Os pertences do falecido são destruídos. Passado o estágio de decomposição, retiram os ossos, os colocam em uma cesta em cima de uma fogueira, posicionada no centro da maloca. Os ossos, depois de queimados são esmagados com um pilão, então as cinzas são misturadas com um mingau de banana e são tomadas.
Ameaças
No início da década de 70, foi construída a estrada Perimetral-Norte, a qual cortava parte do território Yanomami, com a sua abertura ocorreu o aparecimento de garimpeiros em busca de ouro.
Os garimpeiros trabalhavam ilegalmente em terras Yanomami, transmitindo alguns tipos de doenças. Entre elas a malária. Em 1974 foi construído o primeiro posto de Atendimento Sanitário, devido a morte de 30% da população próxima a estrada, por consequência as epidemia. Além disso houve o genocídio no decorrer da década de 80, os Yanomami sofreram quando milhares de garimpeiros invadiram suas terras. Os garimpeiros invadiram suas terras, muitos destruíram as aldeias. Depois de uma longa caminha liderada por Davi Kopenawa, a Survival e a comissão pró Yanomami (CCPV), os Yanomami conseguiram terra no Brasil e foi finalmente demarcada em 1992 como o Parque Yanomami e os garimpeiros foram expulsos. Outro ponto de conflito é a presença dos militares do Pelotão da Infantaria da Selva (Surucucu), postos estes que estão abusando sexualmente das índias em troca de alimentos e diversos objetos. A Survival é o movimento de povos indígenas é a unica organização que trabalha pelos direitos dos povos indígenas em todo mundo. A Pró Yanomami (CCPV) é uma ONG onde seu principal objetivo é sensibilizar os Yanomami de seus direitos. Atualmente com a melhoria do quadro sanitário na área Yanomami, foi expandido o crescimento populacional.
Líder Yanomami ameaçado
Índios que vivem isolados
Também conhecidos como Moxateteu, acredita-se que eles moram na parte da concentração mais alta de garimpeiros. Logo, esse convívio poderia matar muitos Moxateteu e até gerar diversos tipos de conflitos. Além das doenças que poderiam serem transmitidas, isso poderia matá-los, já que eles não possuem imunidade para doenças comuns.
A cabeça do cachorro fica no Amazonas, no extremo Noroeste, fazendo fronteira com a Venezuela e a Colômbia possui 200 quilômetros quadrados, abrigando 23 etnias e 4 idiomas, é uma complexa área da Floresta Amazônica.
Conhecida assim por causa do desenho formado pela linha da fronteira brasileira com seus países vizinhos, que lembram o formato da cabeça de cachorro quando está de boca aberta.
Conhecida assim por causa do desenho formado pela linha da fronteira brasileira com seus países vizinhos, que lembram o formato da cabeça de cachorro quando está de boca aberta.
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